PDL

Plataformas de Desenvolvimento Local

MODELO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO QUE VISA PROMOVER A COMPETITIVIDADE E SUSTENTABILIDADE
DOS AGENTES LOCAIS E A QUALIDADE DE VIDA NO TERRITÓRIO
, CONTEMPLANDO VÁRIAS MEDIDAS CONCEBIDAS PARA AJUDAR A ULTRAPASSAR DIVERSOS CONSTRANGIMENTOS E LIMITAÇÕES PRESENTES A NÍVEL ECONÓMICO, SOCIAL E CULTURAL

MODELO PDL

As Plataformas de Desenvolvimento Local (PDL) constituem um modelo estratégico de desenvolvimento que se traduz na criação de infraestruturas e redes colaborativas vocacionadas para dinamizar um desenvolvimento integrado de territórios, sectores de atividade e/ou comunidades.

Os territórios podem variar desde um bairro até uma região, passando por freguesias e concelhos.

O desenvolvimento integrado, que se pretende atingir, contempla a integração das vertentes económica, social, cultural, ambiental, científica e tecnológica em simultâneo, de forma a conduzir ao seu reforço mútuo para que o território, sector de atividade ou comunidade em questão assegure a sua sustentabilidade e competitividade no contexto da globalização em que estamos inseridos.
┤Neste sentido, pretende-se envolver qualquer tipo de ator (indivíduo ou organização) de forma a assegurar:
  • Uma maior competitividade às empresas, cooperativas, produtores locais, artesãos, profissionais independentes, associações produtivas, etc. existentes;
  • Apoios efetivos a iniciativas empreendedoras que se traduzam em novos agentes económicos bem-sucedidos sob qualquer das formas listadas no ponto anterior;
  • Uma maior atratividade e afluência ao património e equipamentos culturais existentes;
  • Eventos diversificados e regulares que atraiam turistas e potenciem a competitividade dos agentes económicos, culturais, patrimoniais, desportivos, etc. presentes no território;
  • Criação relevante de emprego na sequência das iniciativas referidas nos pontos anteriores;
  • Providenciar complementos de rendimentos numa base regular para diversas situações carenciadas (nomeadamente desempregados, famílias carenciadas, reformados e estudantes) e como aproveitamento de hobbies e competências de qualquer pessoa interessada;
  • Novas iniciativas com base em voluntariado e responsabilidade social por parte de particulares e organizações em prol de situações fragilizadas a nível social, cultural, desportivo, ambiental e económico;
  • Outras situações específicas que se justifiquem no contexto em questão.
┤De forma a se atingirem diversos objetivos:
  • Produção e comercialização de produtos e serviços competitivos a nível internacional, através do reforço dos agentes económicos existentes e de novas iniciativas empreendedoras;
  • Desenvolvimento turístico com fluxos relevantes de turistas nacionais e estrangeiros;
  • Criação de emprego e inverter o despovoamento (no interior e ilhas) atraindo novos habitantes (nacionais e estrangeiros) com dinamização do imobiliário para habitação e segundas residências;
  • Qualidade de vida no território ou comunidade em questão de uma forma acessível e inclusiva a todos os seus habitantes, investidores e turistas.

MEDIDAS PRECONIZADAS

Face aos constrangimentos existentes, nomeadamente financeiros, o modelo estratégico de desenvolvimento baseado em PDL assenta nos seguintes pilares:

Infraestruturas públicas, comunitárias ou coletivas de utilização partilhada, tal como acontece com um quarto de hotel ou um veículo de aluguer, baixando drasticamente os níveis de investimento e risco associados, que são organizadas em 5 plataformas especializadas:

– Produtivas: cozinhas, fornos, linhas de montagem, confeção, embalagem e engarrafamento, oficinas, ateliers, etc.;

– Logísticas: colheita, transporte, carga e descarga, armazenamento, frio, etc.;

– Comerciais: mercados, lojas, quiosques de interior e exterior, veículos, expositores, máquinas de vending, stands, hotspots, etc. e de informação e publicidade: outdoors estáticos e digitais, muppies, corporate TV, quiosques eletrónicos, apps para telemóveis, etc.;

– Espaços: incubadoras e ninhos de empresas, espaços de cowork, residências criativas, fablabs, ateliers, logísticos, de formação, de reunião, etc.;

– De Serviços de Valor Acrescentado: design, engenharia, jurídicos, TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica), consultoria de gestão e marketing, controlo e certificação de qualidade, ciência e tecnologia, artísticos, gastronómicos, formação, etc.;

– O acesso a estas plataformas pode ser pago ou gratuito consoante as circunstâncias e as entidades envolvidas;

┤Aproveitamento, efetivo, das potencialidades em presença:

– Produtos e serviços tradicionais, conhecimentos tácitos, competências, saber fazer, urbanismo, património, artefactos, cultura, eventos, paisagem, natureza, espécies e raças autóctones, matérias-primas diferenciadas, simpatia, hospitalidade, etc.;

┤Operacionalização de consumíveis comuns a diversas entidades, como pode ser o caso de embalagens, rótulos, etiquetas, folhetos, matérias-primas e subsidiárias, combustíveis, etc.;
┤Criação de marcas e selos coletivos com embalagens e rótulos adequados:

-Marca(s) tradicional com selos, embalagens e rótulos em consonância com a tradição;

-Marca(s) contemporânea com selos, embalagens e rótulos modernos e atrativos;

Qualificação dos agentes e das ofertas com base em serviços de valor acrescentado (ver plataforma destes serviços) de forma a atingirem níveis de competitividade compatíveis com a concorrência existente no mercado global:

-Produtos e serviços tradicionais competitivos;

-Novos produtos e serviços competitivos;

-Alargamento de mercados, incluindo a internacionalização;

-Compras em grupo, incremento de produção de matérias-primas autóctones, únicas, raras, diferenciadas, etc.;

-Aposta clara na diferenciação (design e/ou tecnologia), qualidade, inovação, ecologia, redes colaborativas, etc.;

Estratégias de fileira e de cadeias de valor (integração vertical) integrando os pontos anteriores de forma a que:

-Cada entidade se concentre e focalize no que sabe fazer bem (especialização no core business);

-A PDL e entidades participantes ou associadas à mesma assegurem os restantes fatores de competitividade que se revelarem necessários (cooperação e integração em rede).

Redes de PDL para se ganhar massa crítica em volume e diversidade (no aprovisionamento e na oferta).

 

Nem todas as PDL justificarão a existência das 5 plataformas especializadas referidas, em cada caso concreto há que definir que plataformas é que se justificam face às entidades, potencialidades e necessidades em presença, recorrendo-se às redes de PDL para aceder a, eventuais, recursos em falta.

CARATERIZAÇÃO

┤Em suma, trata-se de um modelo de estratégia de desenvolvimento:
  • Flexível (qualquer tipo de entidade, produtos, serviços, recursos, localização, etc.);
  • Aplicável em diversos contextos (rural, urbano, parques industriais, campus de ensino, etc.);
  • Passível de:
    • ser promovido por uma grande diversidade de entidades (públicas e privadas);
    • tomar diferentes formas jurídicas (empresas, ACE, cooperativas, associações, etc.);
    • congregar uma grande diversidade de atores com diferentes motivações;
    • aproveitar as competências de cada um sem distinções;
    • acolher diferentes formas de participação;
    • prosseguir diferentes objetivos;
    • obter diferentes resultados;
    • ser competitivo e sustentável no mercado global.
┤Que pretende contribuir para:
  • Ultrapassar alguns estrangulamentos relativamente comuns que afetam, significativamente, pequenas produções locais, micro e pequenas empresas, artesãos e cooperativas;
  • E criar melhores condições de sucesso para situações como:
    • Empreendedorismo;
    • Autoemprego e emprego;
    • Complementos de rendimentos;
    • Desenvolvimento de novos projetos.
┤Através de medidas conducentes a:
  • Acesso a programas de apoio e de uma forma mais eficiente;
  • Acesso a serviços de valor acrescentado em condições mais vantajosas e acessíveis;
  • Diferenciação e qualificação dos produtos e serviços existentes e desenvolvimento de novos produtos e serviços;
  • Criação de ofertas com massa crítica (volumes relevantes) e diversidade;
  • Acesso a marcas e selos competitivos;
  • Aprovisionamento de bens com maior qualidade, em maior quantidade e a custos mais competitivos;
  • Logística de aprovisionamento e de distribuição mais eficiente e a custos mais competitivos;
  • Meios de produção mais eficientes com menor investimento;
  • Canais de distribuição em mercados mais alargados, incluindo internacionais;
  • Promoção e publicidade mais eficientes e em novos mercados;
  • Acesso a formações específicas em condições mais vantajosas;
  • Outras situações que se justifiquem.

Apostando-se em redes de suporte a um modelo de especialização em que cada entidade faz apenas o que SABE FAZER BEM e as PDL e entidades participantes nas, ou contratadas pelas mesmas, asseguram os restantes fatores de competitividade necessários para um bom sucesso no mercado.

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